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Conheça o Volksbus e-Flex, o híbrido com motor 1.4 do Golf
Data de Publicação: 31 de janeiro de 2021 20:22:00 O ônibus e-Flex é um projeto desenvolvido no Brasil que usa motor 1.4 TSI de 150 cv como gerador para motor elétrico O Coletivo transporta até 65 passageiros e possui autonomia estimada é de até 200 km. Redução de até 40% no custo com diesel da frota. Existe a possibilidade de aumentar a quantidade de baterias e transformar o veículo em 100% elétrico.
O Volkbus e-Flex é o primeiro estudo de ônibus do grupo Traton (formado pelas marcas MAN, VW Caminhões e Ônibus e Scania) com propulsão híbrida flex.
O projeto e-Flex foi desenvolvido totalmente no Brasil pela equipe de engenharia da Volkswagen Caminhões e Ônibus. É também dela, o projeto do e-Delivery, o versátil caminhão elétrico. Por esses motivos a equipe de engenharia da VWCO Brasil, se firmou dentro do grupo Traton como uma forte apoiadora de fontes alternativas de propulsão.
O e-Flex fez sua estreia no Salão de Hannover de 2018, o maior evento de utilitários e veículos pesados do mundo, onde foi muito bem recebido.
"O e-Flex é resultado de uma plataforma modular de veículos eletrificados que estamos desenvolvendo há três anos. Sua proposta é a de um carro de passeio por meio do uso do motor 1.4 TSI que é consagrado no Golf e traz a flexibilidade de diferentes formas de tração e propulsão. E existe ainda a possibilidade de trabalhar com diferentes matrizes energéticas, como etanol, gasolina e até gás natural", afirma Argel Franceschini, supervisor de engenharia de mobility e autônomos da Volkswagen Caminhões e Ônibus.
Ônibus com coração de Golf
O Volksbus e-Flex possui dois motores: um flex, movido a gasolina ou etanol e outro elétrico. O veículo utiliza um motor de ciclo Otto que já é um velho conhecido da indústria automotiva: é o 1.4 TSI de 150 cv que equipa vários modelos da Volkswagen, como Golf GTE, Jetta e Polo GTS. No Volksbus e-Flex ele serve como gerador para as baterias do motor elétrico e entra em ação quando a carga das baterias fica abaixo de 20% e deixa de funcionar quando a carga chega a 80%. De acordo com a fabricante, as baterias podem ser totalmente carregadas em até três horas.
O projeto, inclusive, prevê até abastecimento com gás natural, exigindo apenas a substituição por um motor movido a GNV, conhecido dentro da VW como TGI. "Nosso trabalho foi realizado por uma área de engenharia dedicada à eletrificação em parceria com a divisão de automóveis de Volkswagen. A gente trabalhou nos últimos dois anos para adaptar o powertrain do Golf 1.4 TSI para a aplicação em ônibus e utilizamos este tempo para desenvolver e amadurecer esta tecnologia", revelou Argel.
Já o motor elétrico entrega o equivalente a 408 cv e pode rodar até 200 quilômetros. As baterias ficam na parte superior do ônibus, perto do teto - o que aumenta muito o espaço dentro da cabine. É possível transportar até 65 passageiros confortavelmente no ônibus, cuja carroceria foi feita pela Marcopolo.
Conceito Escalável
Segundo a montadora, conforme o custo das baterias forem reduzindo, é possível aumentar a quantidade de baterias do veículo e remover o motor a combustão. Transformando o ônibus em veículo 100% elétrico.
Ganhos
O custo com combustível é sempre o maior vilão quando falamos em gastos com frotas. De acordo com os testes da VWCO o Volkbus e-Flex pode reduzir em até 40% o custo com combustível da frota quando comparado com o diesel.
Não foi revelado, mas espera-se uma redução significativa na emissão de gases poluentes com esta alternativa de transporte.
Quando chega as ruas?
Até o momento, a VW Caminhões e Ônibus afirmam que o e-Flex ainda está em fase final de desenvolvimento. Justamente por isso é que o ônibus não deve se tornar realidade antes de 2022.
Maíra Fernanda - Clube do Motorista