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Governo discute a criação de "Bolsa Caminhoneiro"
Data de Publicação: 25 de fevereiro de 2021 20:21:00 O governo federal se manifestou afirmando que está estudando uma forma de reduzir os impactos causados pelo aumento no preço dos combustíveis, sem interferir na política de preços da Petrobras. A ideia inicial é criar um "voucher caminhoneiro", no qual seria adotada a métrica de calcular a quilometragem e o consumo de diesel, e quando o preço do diesel subir, os caminhoneiros receberão do governo uma restituição do valor equivalente ao Pis-Cofins, hoje em R$ 0,35 por litro de diesel.
Crédito imagem: Canva - Montagem: Clube do Motorista
O governo federal se manifestou afirmando que está estudando uma forma de reduzir os impactos causados pelo aumento no preço dos combustíveis, sem interferir na política de preços da Petrobras. A ideia inicial é criar um "voucher caminhoneiro", no qual seria adotada a métrica de calcular a quilometragem e o consumo de diesel, e quando o preço do diesel subir, os caminhoneiros receberão do governo uma restituição do valor equivalente ao Pis-Cofins, hoje em R$ 0,35 por litro de diesel.
A iniciativa, a princípio, parece ser muito mais barata do que oferecer uma isenção para toda a população. Porém, os críticos apontam incoerência na criação de uma "bolsa caminhoneiro" quando o país busca uma solução fiscal para o auxílio emergencial.
A equipe do presidente Bolsonaro, enxerga outra medida com maior viabilidade: a criação de um fundo com excedentes de royalties para pagar a Petrobras e importadores quando houver oscilação nos preços. Durante a greve dos caminhoneiros de 2018, já havia sido discutido a possibilidade de criação deste colchão, no governo Michel Temer (MDB). Para o vice-presidente Hamilton Mourão a criação do fundo é única saída.
"Na minha visão, a solução para isso é se a gente conseguisse criar um fundo soberano com base nos royalties do petróleo, e este recurso, quando houvesse essas flutuações, fosse usado para amortecer os aumentos. Não tem outra solução fora disso aí", disse Mourão.
O Ministério da Economia está um pouco resistente a essa medida. De acordo com integrantes do governo, a pasta é contrária por ser refratária à criação de fundos.
Outra medida está sendo estudada pelo governo, como a alteração na regra da pesagem, reivindicação antiga dos condutores.
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O governo pretende discutir em breve, uma medida para reduzir o número de caminhões em circulação, o que poderia garantir um reequilíbrio no mercado, hoje com oferta maior que demanda.
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A ideia básica, é pedir para que, os caminhoneiros vendam seus caminhões para o governo e façam cursos de requalificação. Outra possibilidade seria usar recursos de compensação ambiental da Petrobras, já que a saída de circulação de caminhões antigos poderia ser enquadrada como medida de âmbito ecológico devido à redução de CO2. Não há data prevista para apresentação oficial dessas medidas.
Maíra Fernanda - Clube do Motorista