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Bolsonaro pede para caminhoneiros não fazerem greve e busca alternativa para baixar preço do diesel
Data de Publicação: 29 de janeiro de 2021 20:10:00 Para evitar greve, governo estuda possibilidade de reduzir o PIS/Cofins sobre o combustível, mas medida teria impacto de R$ 800 milhões aos cofres públicos
O presidente da República, Jair Bolsonaro, fez nesta última quarta-feira (27), um apelo aos caminhoneiros para que desistam da paralisação da categoria, programada para a semana que vem.
Ele menciona que o governo possui a intenção de reduzir tributos sobre o diesel para aliviar a pressão do reajuste do combustível sobre o bolso dos caminhoneiros, mas ressaltou que “não é uma conta fácil de ser feita”. Cada centavo de redução no PIS/Cofins sobre o diesel teria impacto de R$ 800 milhões nos cofres públicos.
O preisidente ainda ressaltou: “Reconhecemos o valor dos caminhoneiros para a economia, apelamos para eles que não façam greve, que todos nós vamos perder”.
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Bolsonaro busca ajuda da área econômica
O presidente se reuniu nesta última quarta-feira com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na sede da pasta. A reunião marcada de última hora tratou entre outros assuntos, a possibilidade de compensar os caminhoneiros pelo aumento no preço do óleo diesel.
A reunião com o Ministério da Economia aconteceu após a Petrobras anunciar novo reajuste para o preço do diesel, que subiu, em média, 4,4% nas refinarias.
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“Estamos estudando medidas. Agora não tenho como dar uma resposta de como diminuir o impacto, na verdade foram R$ 0,09 (de aumento) no preço do diesel (na refinaria). Para cada centavo no preço do diesel que por ventura nós queremos diminuir, no caso o PIS/Cofins, equivale a buscarmos em algum outro local R$ 800 milhões. Então não é uma conta fácil de ser feita”, afirmou o presidente.
Para que ocorra o corte no PIS/Cofins será necessário a elevação de outro tributo ou algum corte de subsídio. As opções ainda estão sendo discutidas pela área econômica. Essas medidas resolvem a questão no curtíssimo prazo, mas não garantem que novos reajustes nos preços sejam feitos
Bolsonaro menciona que a Petrobras reajusta conforme o preço do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar. “Ontem tivemos boa notícia, dólar baixou 20 centavos”, afirmou.
O presidente atribuiu os preços elevados do combustível à carga de impostos, sobretudo estaduais. “O diesel, na refinaria, o preço está razoável, mas até chegar na bomba de combustível tem ICMS, tem margem de lucro, tem transportador, tem muito monopólio no meio disso”, afirmou. “A solução não é fácil e estamos buscando uma maneira de não ter mais esse reajuste (para o diesel). Porque os impostos federais, a gente sempre disse, eu estou pronto para zerar, a gente vai para o sacrifício, mas gostaria que o ICMS acompanhasse também essa diminuição”, acrescentou.
Maíra Fernanda - Clube do Motorista